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ARVORE DO NEEM




Características botânicas
É uma árvore de crescimento rápido, podendo alcançar de 10 a 20 m de altura, com tronco semi-ereto a reto, marrom-avermelhado, duro e resistente, de 30 a 80 cm de diâmetro, e apresentando um sistema radicular que pode atingir profundidade de até 15 m. Sua copa pode variar de 8 a 12 m. Suas folhas são alternadas, com freqüência aglomerada nos extremos dos ramos simples e sem estípulas e com folíolos de coloração verde-clara intensa (SODEPAZ, 2006). Suas flores são brancas ou de cor creme e aromáticas, reunidas em inflorescências densas, de cerca de 25 cm de comprimento, encontrando-se tanto flores masculinas como hermafroditas na mesma planta. Seu fruto é uma baga ovalada que apresenta cor verde-clara durante seu desenvolvimento inicial, e se tornando amarelado, com polpa macia e amarga quando madura (SODEPAZ, 2006). Sua semente apresenta uma casca dura, porém fina, de coloração branca, contendo em seu interior a semente propriamente dita, de coloração marrom.

Ecologia da planta
A planta cresce durante os cinco primeiros anos de 4 a 7 m. Sua floração normalmente se inicia no segundo ano de idade, e a produção de frutos passa a ser significativa após três anos do plantio, com cerca de 8 kg de frutos planta-1. No Brasil, a produção de frutos se inicia em dezembro nas regiões Central, Norte e Nordeste; na região Sudeste, a produção predomina entre fevereiro a abril, e na região sul, vai de maio até junho (MARTINEZ et al., 1998).

Clima e solo
O nim é uma planta de clima tropical, podendo se adaptar ao clima subtropical. Seu máximo potencial de desenvolvimento é obtido com temperaturas entre 20 e 32º C (GRUBER, 1992). É mais resistente às altas do que as baixas temperaturas, tolerando temperaturas altas, mas não suportando temperaturas abaixo de 4ºC por muito tempo. Geadas causam mais danos em mudas pequenas do que em árvores maduras, porém podem reduzir drasticamente a produção de frutos no ano seguinte.
A planta é resistente à seca, podendo se desenvolver com precipitação média anual de 400 mm, porém as condições ideais estão entre 800 e 1800 mm. Pode se desenvolver em qualquer solo, tendo preferência pelos profundos e bem drenados. O pH do solo ideal para seu crescimento deve variar de 6,5 e 7,5 (GRUBER,1992).

Usos do nim
1. Como árvore.
Usada para arborização de ruas e praças, usada no campo como quebra-vento e como sombra. Sua madeira é resistente a cupins e tem sido utilizada na fabricação de móveis, mourões, estacas, esteios, ripas, caibros e utensílios domésticos (SODEPAZ, 2006).

2. Como inseticida, acaricida, fungicida e nematicida.
Com os extratos das folhas, sementes e cascas do nim, são obtidos o óleo, a torta moída e o pó de suas partes trituradas. Esses produtos têm demonstrado ação repelente e de alteração no crescimento e no desenvolvimento de um grande número de espécies de pragas (CPT, 2006).

3. Como medicamento e cosmético.
Apesar de poucos estudos nessa área, sabe-se que o nim tem sido empregado com algum sucesso na medicina, como antimicrobiano e no combate de problemas dermatológicos. Na indústria de cosméticos, tem-se obtido bons resultados na fabricação de xampus, sabonetes e cremes dentais (CPT, 2006; OSI, 2006).

4. Uso veterinário.

Em animais, estudos recentes, têm mostrado que o nim pode ser um grande aliado para controle de carrapato, mosca-do-chifre e no controle de sarna (CPT, 2006).

Modo de ação do nim sobre os insetos

A ação dos extratos de nim sobre insetos é bastante variável de espécie para espécie. Pode afetar o desenvolvimento das larvas e atrasar seu crescimento, reduzir a fecundidade e fertilidade dos adultos, alterar o comportamento e causar diversas anomalias nas células e na fisiologia dos insetos (IAPAR, 2006b).
De acordo com a literatura, o nim contém um grupo variado de substâncias bioativas com alto efeito biológico; entre estas substâncias estão azadiractina, meliantrol e salanina (NARAGNAN et al., 1980), além de vilasinina (KRAUS et al., 1991). O conjunto dessas substâncias e a ação específica de cada uma delas em separado produzem diferentes efeitos sobre os insetos, como repelência, esterilidade, desorientação na oviposição, efeito letal, regulador do crescimento, entre outros (JACOBSON, 1987; BRECHELT et al., 1995). Todavia, estudos têm sido enfocados principalmente em relação a azadiractina, por ser o ingrediente com maior atividade tóxica (SOON & BOTTRELL, 1994). A azadiractina é encontrada em maior quantidade nos frutos do que em demais partes da planta. O conteúdo médio dela nas sementes é de 3,5 mg g-1 de semente (ERMEL et al., 1987).
Pela sua semelhança com o hormônio da ecdise (processo que possibilita ao inseto trocar o esqueleto externo, possibilitando seu crescimento), a azadiractina pode perturbar a ecdise do inseto e, em altas concentrações pode chegar a impedi-la, causando sua morte. Por essa razão, as formas jovens de insetos são mais fáceis de controlar. A salanina, outra substância encontrada no nim, é um repelente fortíssimo (SODEPAZ, 2006). A azadiractina não causa a morte do inseto imediatamente, dado o seu efeito fisiológico, porém, além de afetar a ecdise, reduz o consumo de alimento, retarda o desenvolvimento, repele os adultos e reduz a postura nas áreas tratadas. Também tem maior ação por ingestão, de modo que os insetos mastigadores são mais facilmente afetados. (IAPAR, 2006b).
A azadiractina é muito instável em meios ácidos e alcalinos, em altas temperaturas, em presença de luz e de umidade (DAMARLA, 2001). ERMEL et al. (1987) demonstraram que a atividade da azadiractina pode ser reduzida em 10% quando exposta a temperaturas acima de 50ºC durante 24 horas (SCHMUTTERER, 1990). Por isso se torna importante tomar os devidos cuidados durante os processos de colheita, secagem e armazenamento das sementes.
As espécies que tem se mostrado mais facilmente controladas são as lagartas, pulgões, cigarrinhas, larvas de besouros e pragas de grãos armazenados. Resultados de pesquisas mostraram efeitos letais e deformidades em larvas e pupas de lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), em ácaros (Tetranichus urticae e Panonychus citri), nematóides como Meloidogyne incognita, mosca-das-frutas (C. capitata), cochonilhas (Saissetia coffeae), broca-do-café (Hypothenemus hampei), mosca branca (Bemisia tabaci) e redução de postura em bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), (SCHMUTTERER, 1988; GRUBER, 1992).
Os inseticidas naturais do nim são considerados de fácil biodegradação por não deixar resíduos tóxicos, por não haver acúmulo de contaminantes na cadeia alimentar e por não deixar resíduos no solo e nos produtos vegetais (SODEPAZ, 2006).

Produtos do nim
De acordo com CPT (2006), são obtidos os seguintes produtos a partir do nim:
Sementes. Contém a maior parte de ingredientes ativos; controla mais de 400 espécies de insetos/pragas, além de fungos e nematóides.
Óleo da semente. Obtido pela prensagem em prensa hidráulica (chega-se a 47% de óleo); a dosagem vai depender da praga a ser controlada e da cultura onde ela ocorre.
Torta da semente. Material resultante da prensagem da semente para extrair o óleo; incorporado ao solo, controla diversos fungos. É utilizado como vermífugo na alimentação animal e como adubo orgânico ou em misturas com fertilizantes nitrogenados para inibir a nitrificação e aumentar a eficiência do fertilizante.
Folha e extrato aquoso da folha. Possui ingredientes ativos em menor concentração do que as sementes; folhas verdes ou secas, incorporadas ao solo, controlam fungos patogênicos e nematóides. Nos animais, combate carrapatos e mosca-de-chifre.
Polpa do fruto. É rica em carboidrato e pode ser usada na produção de álcool ou de gás metano.

Extração do óleo. O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no máximo 47% de óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no fruto. Essa prensagem pode se dar por prensa manual ou mecânica, ou mesmo por pilão. A torta restante (muito rica em azadiractina), tem efeito nematicida e serve também como adubo orgânico, podendo também ser secada e utilizada posteriormente para preparo de extratos inseticidas, em mistura com água e filtração. Normalmente a prensagem de 1 kg de semente de nim gera cerca de 150 ml de óleo.


Marcos Castilho
Responsável Técnico
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